30 de agosto de 2009










ETIMOLOGIA



      O fr. héraut (séc. XII, então sob a forma hirauz) provém por via popular do frâncico hariwald, ‘chefe de exército’, forma que se documenta no nome próprio lat. Charionalda, chefe batavo, em lácito (55-120 dc.), no nome próprio ant. saxão Heriold. Em galo-romano, tardio, o vocábulo deve ter tido a forma herewald, base do francês. E do francês provieram como empréstimo o it. araldo (séc. XIV), esp. heraldo (1605), ai. Herold (séc. XIV), ing. herald (séc. XIV), port. arauto (séc. XV).
Sobre o fr. héraut se forjou o iat. mcd. heraldus, do séc. XIII-XIV, do qual se formou o fr. héraldique, do séc XV, modelo sobre o qual se inspiraram o esp. heráldico (séc. XVII) e heráldica (séc. XVIII), o port. heraldica (séc. XIX, inícios), o it. araldica (séc. XVI), o ing. heraldry (1572), precedido de heraldy? (1390).





CONCEITO



      Ciência e arte do brasão; conjunto de composição, descrição, interpretação e uso dos brasões. Emprega-se também para designar coleção de brasões; blasonário. A heráldica estuda a origem, a evolução e a simbologia dos escudos de armas e seus elementos, dividindo-se em: de domínio, posse ou soberania (príncipes soberanos, senhores feudais, países, Estados federados, províncias, cidades e vilas); assumida (de livre adoção); de patrocínio (armas que registram, em seus elementos, a proteção de autoridade soberana); de família (do chefe de uma linhagem, transmissíveis por sucessão); de pretensão (que trazem as do país a cujo domínio seu titular se julga com direito); de comunidade (ordens militares, religiosas, civís, capítulos, confrarias, corporações, insituições e sociedades).
      Quanto à apresentação, as armas podem ser: legítimas (sem quebra ou diferença); quebradas ou bastardas (quando indicam bastardia); de substituição (que substituem outras, com alterações); difamadas (que trazem sinais de ação deslustrante, cuja gravidade não chegou a desnobilitar); verdadeiras, puras, limpas, simples ou inteiras (as do chefe de uma linhagem); falantes ou parlantes (cujos elementos lembram o apelido dos titulares ou o nome da instituição armoriada); insinuantes (que manifestam, por atributos, sua natureza); pinchadas (as que têm por diferença o lambel ou banco de pinchar); carregadas ou compostas (que representam mais de uma linhagem, como as de aliança e de costados); características (que mostram o direito dos que a usam, como as de domínio e de comunidade); de costados (as em que juntam as dos ascendentes, também chamadas pendões genealógicos); de dignidade (que indicam, por seus atributos, o exercício de funções civis, militares ou rei ligiosas); falsas (quando infratoras das regras heráldicas); inquirentes (quando essa infração é explicável por motivos especiais). No que respeita à hierarquia dos titulares e à natureza das entidades político-administrativas, religiosas ou profissionais, as armas podem ser de soberania, eclesiásticas, dignitárias ou corporativas.





ORIGEM




      As origens remotas da heráldica ligam-se supostamente ao totemismo dos povos primitivos, que filiavam seus clãs a um antepassado mítico comum, geralmente animal, cuja representação era cultuada. Aludas-se, também, aos sinais exteriores das funções de chefia (armas, vestuários e adornos privativos). Na Grécia, os hoplitas traziam nos escudos emblemas distintivos; em Roma, a águia e a loba eram símbolos nacionais. Com a divisão do império em diarquia, a águia bicéfala passou a representar o governo oriental. Foi, entretanto, no fim do séc. XII, durante as cruzadas, que essa simbologia assumiu caráter heráldico, sujeita a regras fixas de composição, ditadas e fiscalizadas pelo poder real.
      Os emblemas usados nos escudos e elmos dos cavaleiros e nas gualdrapas de suas montadas destinavam-se, a princípio, à identificação dos combatentes e à dos senhores sob cujas ordens militavam. Para alguns historiadores da arte, a origem dos brasões foi a cruz, sinal da fé pela qual se batiam os cruzados. Esses distintivos, de ordem prática ou mística, vieram a constituir representação individual de heroísmo e, mais tarde, galardão concedido aos vassalos que se notabilizavam a serviço de um senhor, tornando-se hereditários por mercê e memória.
      Curioso é notar-se que, sem qualquer influência ocidental e quase na mesma época, o uso das armas de família foi estabelecido no Japão: o xógum Iemitsu regulamentou essa distinção honorífica, decretando que todos os membros da casta militar teriam dois brasões: as armas regulares, originais de suas estirpes, e as armas excepcionais, para distinguir os ramos de suas famílias. O mais antigo escudo de armas de que se tem notícia é o de Rui de Beaumont (fim do séc. XI ou início do seguinte); na heráldica portuguesa, o denominado ‘sinal redondo’, de D. Afonso Henriques, aposto em pergaminho datado de 1183.
      Os emblemas de armas com símbolos de fé foram incorporados por alguns países como a cruz de São Jorge, patrono da Inglaterra.













São Jorge também é patrono de Moscou:






ESCUDO




      Campo em que se representam as peças e figuras heráldicas. Sua forma e nome provêm da arma defensiva usada pelos cavaleiros medievais, razão pela qual os escudos, embora variando, de época para época e de povo para povo, mantendo, em suas dimensões, nomenclatura e simbologia de suas partes mais importantes, esse relacionamento original. O escudo é representado como se estivesse a proteger o corpo do guerreiro, preso pela correia a seu braço esquerdo; daí sua posição inversa à de quem o defronta: sua direita (destra) à esquerda do observador, o que é fundamental na topografia blasônica. Várias são as formas pelas quais se apresenta o escudo heráldico: em amêndoa, quadrado, lisonja, clássico, sanítico, ou em ponta, peninsular, oval, circular, francês, inglês, alemão, italiano, polonês.






      Na heráldica portuguesa foi usado, a princípio, o escudo ogival, dito francês antigo, substituído pelo de bordo inferior arredondado, também chamado espanhol, ou peninsular. No Brasil, o regime imperial adotou o escudo inglês; nas armas de família predominou o francês. Modernamente, na heráldica brasileira de família, de domínio e de corporação, merece marcada preferência o escudo peninsular, também conhecido como português redondo. Dão-se aos escudos dimensões rigorosas, que, além de recordar- lhes a origem, atendem à harmoniosa disposição de peças e figuras e à regularidade das partições e subpartições, sendo comumente adotado o módulo de sete por oito.
      Para facilitar a localização das peças móveis, o campo é teoricamente dividido por duas linhas paralelas, verticais e horizontais equidistantes, do que resultam nove lugares ou pontos: ângulo destro do chefe, meio do chefe, ou simplesmente chefe, ângulo sinistro do chefe, flanco destro, centro ou abismo, flanco sinistro, ângulo destro da ponta, ponta ou termo, ãngulo sinistro da ponta. Os quatro pontos, à destra e à sinistra do chefe, chamam-se cantões. A significação simbólica dos pontos principais do escudo é: chefe, a cabeça do cavaleiro; flanco destro, o pescoço; centro, o coração; termo, os pés. Além dessa divisão, o escudo pode ser partido e subpartido pelo que os heraldistas denominam os quatro golpes de espada: do centro do chefe ao da ponta (partido); do meio de um dos flancos ao do outro (cortado); do ângulo destro do chefe ao sinistro da ponta (fendido ou tranchado); do ângulo sinistro do chefe ao destro da ponta (talhado). Esses golpes ou traços são ordinariamente em linha reta, podendo, no entanto, ser curvos, ondulados, bretessados etc, Da duplicação ou combinação dos golpes provêm as subpartições (palado, faixado, bandado, esquartelado, terciado, gironado etc.). Não se devem confundir as partições e subpartições com as peças: aquelas são simples divisões do campo e estas se têm por sobre ele aplicadas.
      O escudo de armas é normalmente apresentado como se estivesse mantido pelas correias das braçadeiras, a proteger o corpo do cavaleiro. Alguns documentos iconográficos contrariam essa posição, notadamente sinetes, anéis e pedras d’armas, por descuido ou ignorância de gravadores e canteiros, ao copiar os modelos, sem atentarem que os devem abrir ao inverso. A apresentação comum dos brasões é a vertical; para efeitos decorativos, porém, na posição dita ‘ao ballon’ ou ‘a valona’, o escudo aparece como suspenso pelo ângulo esquerdo do chefe, com uma inclinação de três quartos para a direita.




CORES HERÁLDICAS






Brasão CDE



      Brasões são representações simbólicas. Nos brasões, os símbolos são fixados através de imagens. Como todas, as imagens contidas num brasão são a representação gráfica de uma idéia e, portanto, um veículo que canaliza o imaginário através dela. Esse principío modelador da essência psíquica pode ter diversas finalidades, dado o poder que a imagem é capaz de exercer no Homem. As finalidades de agrupar determinados símbolos num desenho vão desde a consolidação de um ponto que concentre um objetivo, servindo de canal para manter o foco nele à manipulção da vontade alheia. Para efeito de experiência, digamos que num palácio todos os aposentos fossem esvaziados da mobília, cortinas decoração etc., e em cada um deles permanecesse apenas uma mesa encimada por um objeto qualquer. Num aposento deixar-se-ia uma espada em cima da mesa, noutro uma rosa vermelha, noutro uma pena de águia, e assim por deante. Em seguida, vamos supor que alguém fosse convidado a perambular pelo palácio e visitar alguns aposentos ao acaso, neles permanecendo por algum tempo. Sem a distração decorativa do aposento vazio a atenção do visitante seria conduzida diretamente para o único elemento contido no ambiente, a espada ou a rosa, por exemplo — agora fica claro as intenções por detrás dos métodos desta experiência — , cada qual evocando pensamentos sensações e insights distintos.
      Em outra palavras, um símbolo mitológico nunca é arbitrário. Quando Édipo cegou a si próprio usou um alfinete de ouro. O mito poderia simplesmente citar um alfinete, objeto pontiagudo que pode servir para ferir, e tudo estaria explicado. No entanto, além do mais, a história diz que o alfinete era de um determinado metal, era de ouro. Poderia ser de prata, ferro ou latão, mas, não, era de ouro. Sendo o mito um composto adensado de símbolos, nenhum elemento citado nele é por acaso ou superfluo. Todos são aglutinados de ideias, e, no caso dos mitos gregos, ideias relativas aos nichos de experiência da aventura humana na Terra. Bem, tendo em conta esse resumo da forma como agem os símbolos, vamos nos ater brevemente em Heráldica. Aqui vai uma definição dela:

     É a ciência que estuda e interpreta as origens, evolução, significado social e simbólico, filosofia própria, valor documental e a finalidade da representação icônica da nobreza, isto é, dos escudos de armas. Como ciência, a Heráldica é atual e autônoma, embora intimamente ligada à história e à arte.
http://www.atelierheraldico.com.br/heraldica/1_1_conceito.htm

      Como sugere a definição, a Heráldica tem origem na representação simbólica das armas dum determinado reino, família ou nobre, através de informações visuais das linhagens e casas reais estampadas no escudo que o cavaleiro ostentava nos torneios medievais. Por exemplo, para cada título de nobreza há uma coroa diferente, como as que seguem, abaixo, da realeza francesa:















      Nos torneios de cavalaria a função de juiz ficava a cargo do Heraldo, oficial encarregado da execução e progressão do espetáculo, etiqueta e protocolo. Era ele quem apresentava os cavaleiros identificados pelos escudos. Para quem quiser se aprofundar melhor em Heráldica, deixarei alguns botões para sites afins no decorrer desta postagem. A postagem em questão, por enquanto, limitar-se-á a descrever a simbologia do brasão CDE (Crônicas Do Existencialismo).
      De fato, a Heráldica clássica tem certas regras básicas que são importante seguir. Entre elas, o formato dos escudos e suas divisões, bem como cores e símbolos. Certo é que existem simbolos mais poderosos que outros, consagrados em todas as épocas devido à força que evocam no imaginário coletivo. Claro, o mais insignificante dos objetos, como um fio de cabelo pode conter alto teor de energia psíquica para alguém em particular, todavia, a Heráldica baseia-se numa simbologia mais objetiva, relacionada à força de determinadas imagens que se sobressaem e vêm seguindo as gerações em todos os lugares ao longo das épocas. Sua atuação está relacionada a contextos históricos e façanhas humanas, sendo requisitados repetidamente, como a cruz e as bestas, só para citar uma fração de exemplos.




Simbologia do Brasão CDE



      Há uma grande variedade de símbolos heráldicos. Grande também é a opção de brasões que podem ser elaborados devido à possíbilidade de combinação entre cores, formatos de escudo, peles, animais e outros mais. Os brasões vão dos mais simples aos ricamente adornados. É comum a preferência de impérios e nobres por desenhos rebuscados, sugerindo que a complexidade de um brasão é proporcional ao poder das armas de quem o ostenta, contudo isso não é regra, pois há brasões de armas nacionais bem modestos.







      Até mesmo grandes heraldistas prezam pela sobriedade de seus brasões pessoais, como o russo Alexander Kurov:






      Também há brasões ricamente elaborados, como os compostos, que representam consórcios de reinos:


 
      Observe o mote do brasão acima: INDIVISIBILITER AC INSEPARABILITER, Indivisível e Inseparável (tradução do Latim).




Os brasões dos reinos reunidos sob as asas do brasão imperial


      Ao desenhar o escudo CDE optei pela simplicidade sem comprometer a intensidade iconográfica. São três ícones de relevância em qualquer época e lugar, e duas cores nobres: negro e dourado. Vejamos elemento por elemento:




ESTRELA











       Não há povo no universo que não cultue ou, pelo menos, não se espante ao testemunhar esta espécie de astro. A estrela evoca o que há de mais sublime e perfeito. Civilizações de todas as épocas e locais têm lhe rendido reverências, associando-a a poder perpétuo, boa fortuna, e a tudo que é sublime e superior. É tão poderosa sua influência no imaginário humano, que algumas sistemas de conhecimento são baseados em agrupamentos estelares (constelações), atribuindo a eles a regência das vidas mortais. Aliás, o termo mortal não se aplica a esses astros, capazes de sobreviverem a éons, testemunhando o alternar das civilizações. Fora o sol, a estrela que  nos é mais próxima é a alfa (a mais brilhante de uma constelação) do Centauro. Ela fica a 4,2 anos-luz do sol. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano. Tendo em mente que a velocidade da luz é de trezentos mil quilômeros por segundo, pode-se ter uma noção dessa tremenda distância. A alfa (estrela mais brilhante) do Centauro está assinalada pela seta no canto inferior esquerdo da imagem acima. A constelação do Centauro é bem visível no hemisfério sul da Terra, e sua alfa uma das primeiras estrelas a aparecerem no céu ao anoitecer. Para localizá-la, posicione-se de frente para o sul olhando um pouco à sua esquerda (só um torcer de olhos já basta) e um pouco acima do horizonte (erga levamene o queixo). A alfa do centauro será a primeira estrela a brilhar nesse ponto. Se aguardar mais alguns minutos, à direita dela, verá delinear-se o Cruzeiro do Sul, (olhe um pouco à direita da ceta cor de rosa na imagem acima) e, acima dele, a constelação do Centauro.    O próprio sol, estrela que nos provê vida, dista nada desprezíveis cento e cinquenta milhões de quilômetros da Terra. Essa distãncia é a unidade de medida padrão em astronomia utilizada para medir o espaço, e corresponde a uma unidade astronômica (UA).
       Tal qualidade estelar, de situar-se a distâncias colossais para o padrão humano, conferem às estrelas uma qualidade de coisa inatingível, algo que paira muito além do nosso alcance. Tal é o aspecto da estrela focalizado no brasão CDE. Simboliza algo  serve de referência, que impulsiona num sentido, embora seja utópica. Existe sempre a pretensão de alcançar o objetivo, mas ele sempre se revelará apenas como meta. Aquele que insiste  na busca compreende que não existe porto de chegada definitiva na busca do conhecimento, apenas um alternar infinito de metas. Portos há, mas de estágio, o que nos leva a concluir ser realmente utópica a realização intelectual absoluta. O foco está na busca, no movimento que provê um elã e vice-versa. Para tanto, convêm um bom norte, um norte inatingível, de preferência. Muito mais do que o destino, o foco está na jornada.
       Nisto se inclui a busca pelo conhecimento em todas as instâncias do saber humano. Ao homem não é dado saber tudo, pois mesmo que se dedicasse cada segundo da vida à aquisição de conhecimento alcançar-se-ia apenas uma fração dele; é uma jornada infinita. O foco está na caminhada que alimenta o espírito daqueles que têm no intelecto o combustível de suas existências. Neste sentido, a estrela está aqui representada como o saber que magnetiza  gerando energia para o movimento.
       Pelo aspecto ininterrupto da busca por ele, e pela atração que exerce de geração à geração, a estrela do saber possui oito pontas, eis que o número oito é símbolo de circuito perpétuo, e o infinito é representado por um oito deitado.






       O símbolo do infinito aparece na carta número um — O Mago —  de alguns baralhos de Tarô como elemento de intermediação entre mundos (dimensões). Mago é aquele que serve de canal ativo entre dimensões a fim de obter poder. É o caso do baralho Radiant Rider Waite cujo mago é apresentado abaixo.








       À generosidade solar, aquela que tudo dá, nada pedindo em troca, civilizações notáveis renderam homenagens. O sol é símbolo de poder, brilho, glória, generosidade, renovação, vida, força interior; representa realeza, riqueza. Tanto é que pela História a fora diversos soberanos alinharam seus reinados a ele, mesmo que apenas no aspecto ostensivo. A civilização egípcia foi uma delas. Não há como ignorar a magnitude do Egito Antigo, pois serviu de fonte aos gregos e, posteriormente, aos romanos (estes ultimos, por acidente, incendiando a biblioteca de Alexandria, armazém de manuscritos inestimáveis).
       O Egito Antigo também exerceu conformação iconográfica do cristianismo. Em Roma, antes da eclosão do movimento cristão grassava o sincretismo pagão do mundo antigo. Havia certa época do ano, na primavera, em que ocorri
a uma espécie de carnaval em culto a Ísis, deusa egipcia. No cozidão de símbolos em que a política romana engendrou o cristianismo, a iconografia de Maria segurando Jesus bebê no colo foi tomada emprestada de Isis segurando Órus. Reside nessa aparentemente singela imagem um dos símbolos mais básicos e poderosos incrusados no imaginário coletivo, desde o Egito Antigo.
       No Egito Antigo deve-se destaque ao faraó Akenaton e sua esposa Neferite no culto ao astro rei, por volta de 1350 a.C.



























       [...] o que mais se destaca com relação às ações de Akhenaton, foi o fato de ele ter tentado popularizar, cerca de 1400 anos antes das idéias de Cristo serem conhecidas, o culto de um deus fundamentado no amor, fonte de vida, criador de toda a natureza. Era Aton, representado pelo disco solar. http://br.geosites.com/soldeamarna/reinado.html







       Posteriormente, no século XVII a início do XVIII, outro reinado tomou empretado o símbolo solar. Luís XIV, conhecido como "Rei-Sol", foi o maior monarca absolutista da França, e reinou de 1643 a 1715.
As implicações dessa associação podem ser verificadas numa das maiores obras arquitetônicas e artísticas, morada de Luiz XVI, próxima a Paris em Versalhes.
       Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio de Versalhes possui 2.000 janelas, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque, e servia de morada 5.000 cortesões que lá moravam e mais 5.000 serviçais que viviam ao seu redor.













     Símbolos que evocam o sol estão espalhados por todo o palácio de Versalhes, das esculturas dos jardins, a detalhes das grades externas até o interior suntuoso.
















       A seguir, a simbologia solar impressa no Palácio de Versalhes:





































ÁGUIA









      Este símbolo é universal. O mínimo que se pode dizer acerca dele é que foi celebrado e requisitado por vários povos, prova do poder que exerce no imaginário humano ao evocar longevidade, adaptabilidade ao ambiente, agressividade voltada à sobrevivência e mediação entre mundos, este último conferindo à  águia qualidades mágicas.







      A efígie aquilina é praticamente indisssociavel do militarismo, dado o poder de ataque fulminante deste animal na natureza. Os primeiros escudos romanos já ostentavam a figura da águia.






A águia eternizada no céu desde tempos imemoriais.






      Há várias especies de águias, termo genérico que classifica as aves de rapina com bicos afiados e longas garras  mundo afora. Lendo esta postagem você está  sentado(a) numa cadeira. Se uma águia careca adulta estivesse em pé ao lado, o bico dela estaria no nível do seu tórax, eis que ela pode chegar a medir 78 cm de altura e 2,25 de envergadura, comprimento muito superior ao de um homem considerado alto.
      Perfeitamente adaptada ao ambiente, a águia não tem limitações quanto à movimentação, à obtenção de alimento e ao rigor climático. Exemplo disto são as bald eagles, conhecidas popularmente como águias carecas ou de cabeças brancas, que vivem tranquilamente numa larga faixa de milhares de quilômetros do norte do México às bordas do círculo polar ártico.






Dos desertos mexicanos às bordas do Ártico:





      Uma águia careca pode chegar aos 70 anos de idade, emanando daí o atributo da longevidade que lhe é conferido.
      Poderosos impérios vestiram-se com a insígnia aquilina atestando a longevidade de seu mando por séculos, como Roma. Outros menores, porém proporcionais em ambição, assim também fizeram por acalentarem o desejo de exercer domínio por muitas gerações, caso da Alemanha nazista. Independente do seu tempo de domínio, estes dois celebraram a estampa aquilina profusamente.



Roma












Alemanha Nazista














Outros Brasões Com Águias


























      Na composição do brasão CDE a águia encontra-se numa posição intermediária entre a estrela (símbolo do ideal do saber) e o livro (sistemas de saber humanos).








      A posição intermediária da águia na composição deve-se à qualidade de ponte entre mundos que ela encarna, transitando entre o fundo de vales e alturas estratosféricas.       No corpo do brasão CDE a águia é a intermediária entre o mundo abstrato inacessível das ideias sem imagens - mundo formal dos arquétipos - e os sistemas de saber humanos.







      No entanto há de se ter cuidado para que a busca pelo saber não nos torne estúpidos. Por isto a águia está olhando para a sua esquerda, para o lado da intuição, estando ela em sintonia intuitiva com o bom senso perene para além da razão pura.












LIVRO








      A partir do desenvolvimento de sinais gráficos relativos a ideogramas e fonemas, bem como do agregado destes em palavras diversas, o Homem passou a registrar  ideias em suportes de diversos materiais que foram se transformando ao longo do tempo, visando a práticidade no manuseio. Agiu assim, o Homem, com a finalidade de  organizar e sistematizar ideias diversas. Seja  na forma de apontamentos com finalidades práticas, seja como meio de expressão artística ou ideais de contribuição intelectual, o registro de ideias em livros teve a intenção de manter um suporte resistente ao tempo, capaz de cobrir um número maior de leitores.








S.E







4 comentários:

Unknown disse...

Oi!

Achei bem legal o teu blog!

Será que tu poderia me ajudar com uma dúvida?

O que está escrito em alemão antigo~gótico na alegoria do sacro império romano germânico?

Qualquer informação já me ajuda (eu sei ler alemão).

Desde já obrigada!

Bianca

Anônimo disse...

muito bom... salvei aki...
tb fiz um blog...

caranguejosfera.blogspot.com

Cezar disse...

Muito bom conteúdo!!! Tá de parabéns!!!!

Sônea disse...

Muito Bom o Conteúdo do Seu Blog! Parabéns!