13 de dezembro de 2008






Verve



Foi embora quem meu peito sempre amassa:
Há horas que partiu o dia ramerrão...
Madrugada que embala o coração
Acha-me só, a olhar pela vidraça.

Negro céu de brilhantes cravejado,
Com o suave vinho do incognoscível
Qual torrente, prover vem invisível
Da minh'alma o vazio copo trincado.

Aproveitando minha taça cheia,
Sob o abajur degusto bom soneto
Como acompanhamento nesta ceia.

Tentado fico a decifrar tua essência.
Madrugada despede-se servindo
O licor da alvorada com urgência.



Saturnino Estrada





Nenhum comentário: