4 de outubro de 2009


Caixa de Joias



Negro veludo de brilhantes cravejado.
Em cima projeta brilho sobre a Terra,
Em baixo olhar saudoso te erra:
Vermelho, azul, esbranquiçado.

Saudades do que serei e não vivi.
Em filtradas reminiscências vem do sul viajando
Sopro do cruzeiro nos cabelos de Ana Terra revoando
No seio da Terra aconchegado, agora e aqui.

Saciada a face boreal retornas ao lar
Contra teu fulgor concorrência não há:
Miríades de  diamantes vem ofuscar...

Mas eis que resistem duas estrelinhas brancas...
Brilham discretas pelo dia afora nos olhos dela.
Não sei se as permite ou não as pode ofuscar.


 


S.E.