10 de dezembro de 2008







ANCIÃ


Miríades de séculos, meu alimento.
Sóis nascem, noites vêm,
sigo a contento...

Entre sistemas planetários
a roda das civilizações girando.
A primeira supernova? Sabe-se quando...

Se ainda não nasci,
se nunca morrerei,
por que me chamam "anciã"?

Em verdade sou o que não concebeis.
Projetais em mim, para vós serei.
Sou a eternidade se assim dizeis...



Saturnino Estrada





Nenhum comentário: