3 de outubro de 2007



TEMPO


Trechos duma estrada
reta a ser seguida...
De cômoda não tem nada.
Numa placa garavado seu nome: "vida".


Esquinas aparecem ladrilhadas.
Feixes de onipotência resplandecentes.
Cristais de desejos mil,
realidade transfigurada, abismos iminentes...


Deseperados se perdem,
desamparados sem razão...
Pés retaliados, calos ardentes,
ferino chão.


Crepúsculo se aproximando.
No horizonte uma curva,
uma reta terminando...


Os de trás não mais me vêem:
sumo numa curva, uma curva, nada mais,
a caminho do além...




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